O ser humano só faz o que lhe faz sentido. Bacellart Psicólogo.
Texto completo sobre o tema: Nós só fazemos o que nos faz sentido (in)consciente. Uma 'questão clássica' universal: “qual o sentido da vida”? Sabemos que cada um dá ou absorve determinado sentido e que esse sentido pode mudar. Para uma minoria, que não tem bem uma resposta satisfatória para essa pergunta, ela pode gerar angústia (sentimento de estranheza, de conexão não com a existência, de questionar quem se é), o que é muito incômodo, mas para esses poucos, ainda assim não é comum sentir angústia. De qualquer forma, gostaria de mostrar com essa pergunta, o quão importante é os termos 'propósito' no que fazemos e pensamos; pois nós só fazemos o que nos faz sentido (in)consciente.© Direitos Autorais – Bacellart Psicólogo USP. O ensaio aqui publicado pode ser reproduzido, no todo ou em parte, desde que citado pelo autor e pela fonte.
Filósofos que tratam do tema: Heidegger, Sartre, Husserl, Arendt; por não serem psicólogos, não entenderem nosso 'inconsciente' e não terem feito psicoterapia/análise, não tiveram como levar adiante um tema tão fundamental na compreensão do ser humano, de modo a considerar questões psicológicas e da vida prática. Mas cito uma frase de Viktor Frankl, importante psicoterapeuta, sobre essa proposta:
”A busca do indivíduo por um sentido é a motivação primária em sua vida…”. E porque agimos/pensamos assim? O termo 'sentido', aqui, não será abordado no entendimento filosófico 'formal' fenomenológico e/ou existencial, apesar de esses pensamentos terem grande influência para essa minha proposta. 'Sentido', é apresentado como conversamos no dia-a-dia, sendo algo que estamos de acordo; mas, note, de acordo com os valores de cada um e seu 'inconsciente' que (mais – ou – menos) exerce um poder em nossas ações, pensamentos e sentimentos. Outro ponto, o que faz sentido para um pode não fazer nenhum sentido para outro.
Linguagem e sentido:
Uma existência sem sentido não é saudável. Damos e/ou recebemos sentido a tudo, e como 'na linguagem', até com nós mesmos, quando temos uma conversa 'comigo'. Pensar, emocionar, fazer: tudo é na linguagem, que permite compreensão, mesmo que você pense “não sei o que é esse barulho que veio de fora de casa”, já é um entendimento: 'um barulho estranho'. Se não houvesse uma 'linguagem com significados' não conseguiriamos nos comunicar, refletir sobre algo, enfim, existir, como diz Heidegger “A linguagem é a casa do ser”; e, se a linguagem não fez sentido, o viver seria uma “bagunça”, então é preciso que essa linguagem nos faça sentido; e, como é do nosso modo de ser, direcionado ao futuro, nos orientar com propósito, por isso só fazemos o que nos faz sentido.
Nós só fazemos o que nos faz sentido (in)consciente – Ou, não fazemos o que não nos faz sentido (in)consciente.
Mas… me perguntem ou comentem: “não faz sentido haver guerra”! De acordo com seus valores éticos e morais não, para determinado país, etnia, grupo, etc, sim, faz, por isso estão em guerra. “Mas, isso é um absurdo, mortes, sofrimento,qual o sentido”? O 'propósito' para quem iniciou o conflito pode ser vários, como: ampliação de seu território deixando-o mais rico, uma revolução social que entenderá será boa para a população, um distúrbio sádico, megalomaníaco ou egocêntrico do governante de quem iniciou a barbárie , etc. “isso é errado, é óbvio”! Para você, não para ele(s). Aqui não estou julgando, dando meu parecer ou justificando atrocidades, apenas constatando como, de modo geral (com algumas opções possíveis), o ser humano só faz o que lhe faz sentido (in)consciente, pois para o ser humano não faz sentido fazer o que não faz sentido.
O Sentido como Projeto para Heidegger – Ou o nosso projeto com sentido.
Em nossa existência, somos 'lançados', 'em vistas de', projetados para o futuro. O futuro é o tempo prioritário na temporalidade do ser humano. Temporalidade é o “tempo” do ser humano, que difere do tempo 'cronos' mecânico do relógio, em segundo vem o tempo passado, (lembranças, aprendizados) e por último o presente, agora, que passa a cada segundo. Nós temos 'objetivos, planos, metas, esperança', essas palavras são todas referidas ao futuro, por exemplo: uma pessoa querendo saber o que fará(por-vir) nas férias do trabalho, o que terá dentro de 4 meses, irá pensar não que fez em férias passadas para ter referenciais, decida o que quer(futuro) depois “voltar” ao presente e execute a decisão.
Depois, pense em como se preparar para a viagem, como comprar roupas de frio (para algo que não aconteceu, a viagem, pois ela tem a confiança (projeto/sentido) de que ocorrerá, a esperança, e atua de modo a preparar- se. Portanto se o futuro “não existe”, como por vezes é dito no cotidiano, não teria porque ela, desde o início, se preocupar em decidir o que fazer nas férias, dado que 'agora' elas não estão existindo.uma pessoa querer saber o que fará(por-vir) nas férias do trabalho, o que terá dentro de 4 meses, vai pensar no que fez nas férias passadas para ter referenciais, decidir o que quer(futuro) depois “voltar” ao presente e execute a decisão. Depois, pense em como se preparar para a viagem, como comprar roupas de frio (para algo que não aconteceu, a viagem, pois ela tem a confiança (projeto/sentido) de que ocorrerá, a esperança, e atua de modo a preparar- se. Portanto se o futuro “não existe”, como por vezes é dito no cotidiano, não teria porque ela, desde o início, se preocupar em decidir o que fazer nas férias, dado que 'agora' elas não estão existindo.uma pessoa querer saber o que fará(por-vir) nas férias do trabalho, o que terá dentro de 4 meses, vai pensar no que fez nas férias passadas para ter referenciais, decidir o que quer(futuro) depois “voltar” ao presente e execute a decisão. Depois, pense em como se preparar para a viagem, como comprar roupas de frio (para algo que não aconteceu, a viagem, pois ela tem a confiança (projeto/sentido) de que ocorrerá, a esperança, e atua de modo a preparar- se. Portanto se o futuro “não existe”, como por vezes é dito no cotidiano, não teria porque ela, desde o início, se preocupar em decidir o que fazer nas férias, dado que 'agora' elas não estão existindo.
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